O Mofo Que Nos Resta O cheiro subiu pelos degraus de madeira rangente, um perfume denso e úmido que se agarrava às narinas como teia de aranha. Dona Lurdes, com…
O Mofo Que Nos Resta O cheiro subiu pelos degraus de madeira rangente, um perfume denso e úmido que se agarrava às narinas como teia de aranha. Dona Lurdes, com…
O Voo de Ícaro A poeira fina e avermelhada da seca subia em redemoinhos preguiçosos, anunciando o fim de tarde escaldante no interior de Minas. Dona Elza, com as mãos…
O Ronco Fino da Ansiedade A luz amarela do abajur derramava uma poça morna sobre o travesseiro, mas não alcançava a escuridão onde Juliana sentia que algo se encolhia. Era…
O Som do Gelo Rachando A poeira avermelhada grudava nas solas dos meus tênis surrados, cada passo um lembrete da secura que dominava o sertão em pleno agosto. O sol,…
O Reflexo Distorcido em Superfícies Molhadas O cheiro acre de chuva e terra molhada grudava nas narinas de Dona Aurora, um perfume familiar que trazia de volta tardes de infância…
O cheiro de café fresco e pão de queijo, um rito matinal imutável na casa de Dona Irene, foi o primeiro a flagrar a anomalia. Não era o aroma familiar,…
O Toque Frio de Mãos Invisíveis O cheiro de café coado pairava no ar da cozinha modesta de Dona Lúcia, misturando-se ao aroma persistente do sabão em pó que ela…
O Sabor que Molha a Terra O sol da tarde castigava a pequena chácara, fazendo o ar vibrar sobre a terra rachada. Dona Irene, com as mãos enrugadas de quem…
O sol da tarde, um sol preguiçoso de setembro, espreguiçava-se pelas calçadas de São Paulo, pintando os prédios cinzas com um dourado morno que, em breve, seria devorado pela noite.…
O cheiro de poeira e madeira velha recebia Clara e Mateus como um abraço tímido, quase hesitante. A casa, herança de uma tia distante que eles mal conheciam, parecia suspirar…